29 anos de Hubble. 8 fotos do Universo para celebrar o aniversário da sonda

O Telescópio Espacial Hubble completa 29 anos de existência. Desde seu lançamento, em abril de 1990, ele nos proporcionou centenas de milhares de fotos extraordinárias, abrindo as portas para uma percepção do espaço exterior até então completamente desconhecida. A Nasa escolheu estas imagens para fazer um painel comemorativo. Na imagem de abertura, a Nebulosa do Caranguejo Meridional: a estranha forma de ampulheta é provavelmente o resultado da interação de uma estrela gigante vermelha e uma anã branca.

Por: Equipe Oásis. Fotos: Hubble, Nasa

Quando, em 24 de abril de 1990, o telescópio espacial Hubble foi colocado em órbita ao redor da terra, todos os cientistas da Nasa pensavam que ele permaneceria ativo no máximo até o ano de 2005. Hoje, 14 anos após o seu fim previsto, Hubble apresenta alguns achaques típicos da velhice de um aparelho do gênero. Mas o fato é que ele ainda não possui nenhum substituto e continua a nos presentear com imagens que despertam espanto tanto pela sua beleza quanto pelas descobertas científicas que delas derivam.

Caçador de estrelas

29 anos, na verdade, são tantos para um instrumento de altíssima precisão, sobretudo quando ele se encontra em um ambiente hostil como é o do espaço exterior. Dos seis giroscópios que possuía inicialmente, apenas dois ainda funcionam, e são necessários pelo menos 3 para manter que o telescópio mantenha a precisão do seu foco durante os tempos muito longos necessários para fotografar os débeis brilhos e clarões que aparecem nas profundezas da escuridão cósmica.

Não é a primeira vez que problemas ligados aos giroscópios acontecem. Em 2009 o Space Shuttle Atlantis chegou ao Hubble para várias operações de manutenção, mas desde que os Shuttle foram aposentados não existem veículos com os quais os astronautas possam alcançar o telescópio.

Apesar dos inevitáveis problemas (lembremos que o Hubble foi projetado e construído nos anos 80), no centro de controle da Nasa considera-se que o telescópio poderá permanecer operacional pelo menos até o ano 2025, embora não a 100% das suas capacidades.

Desde aquele dia de abril de 1990, o Hubble completou mais de 170 mil giros ao redor da Terra. Suas fotos ilustraram milhares de artigos científicos, e também plasmaram o universo no imaginário coletivo, como aconteceu com a fotografia da Nebulosa do Caranguejo Meridional, surgida da interação de uma estrela gigante vermelha e uma anã branca.

Quem vai suceder o Hubble?

O telexcópio Hubble deverá permanecer em órbita por muitas e muitas décadas, mas seu papel de instrumento principal passará provavelmente ao Telescópio Espacial James Webb, um artefato ainda mais potente do que o Hubble que, se não correrem atrasos, será lançado em 2021. Com toda probabilidade, com ele será possível enriquecer ainda mais a imensa galeria de imagens obtidas pelo Hubble.

Telescopio spaziale Hubble, 29° anniversario.

A dupla de galáxias que o astrônomo Messier batizou de M51. A galáxia maior ganhou depois o nome de Galáxia Vórtice, enquanto a sua vizinha de menor tamanho (não se trata de um efeito de perspectiva, essas duas galáxias estão realmente muito próximas uma da outra) foi chamada de NGC 5195.

Telescopio spaziale Hubble, 29° anniversario.

A Nebulosa Eta Carinae ocupa uma área imensa distante cerca de 8 mil anos-luz da Terra. Tem largura de 260 anos-luz, hospeda muitas estrelas que a iluminam a partir do seu interior. Entre elas está uma das estrelas mais estranhas e maciças conhecidas: a Eta Carinae.

 

Telescopio spaziale Hubble, 29° anniversario.

No interior da Nebulosa Eta Carinae, as objetivas do Hubble focaram a “Montanha Mística”, ou seja uma sugestiva região de formação estelar composta de colunas de gás e poeira espacial.

Telescopio spaziale Hubble, 29° anniversario.

A maravilha astronômica chamada Arp 273, ou, mais romanticamente, a rosa. Trata-se de uma dupla de galáxias 300 milhões de anos-luz distantes de nós, porém muito vizinhas entre si. Elas estão tão próximas que os cientistas acreditam que, em tempos remotos, a galáxia menor tenha passado através da maior.

Telescopio spaziale Hubble, 29° anniversario.

A Nebulosa Tarântula é uma gigantesca região de formação estelar que se encontra na Grande Nuvem de Magalhães, ou seja uma galáxia anã satélite da nossa Via Láctea. Embora se encontre em uma outra galáxia, a Tarântula é uma nebulosa tão grande que pode ser vista a olho nu (mas apenas do Hemisfério Sul).

Telescopio spaziale Hubble, 29° anniversario.

A Nebulosa da Bolha é o menor objeto astronômico da série aqui retratada, mas apesar disso ela mede mais de 6 anos luz de um extremo a outro. A “bolha” foi criada pelo vento solar proveniente da estrela maciça que se encontra em seu interior (e que tem 44 vezes a massa da Sol).

Telescopio spaziale Hubble, 29° anniversario.

Porção (de cerca 4 anos-luz) da Nebulosa da Laguna. Essa nebulosa foi descoberta em 1654 pelo astrônomo siciliano Giovanni Battista Hodierna, aluno da escola de Galileu Galilei. 

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