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Jornada a Marte. Passo a passo, nas três fases do programa

 

 

A NASA está em plena preparação para uma viagem a Marte, com o objetivo de enviar seres humanos para o Planeta Vermelho na década de 2030. A jornada já começou, e progride a cada dia. Este é o segundo artigo de uma série preparada pela agência espacial. Um vídeo ao final descreve as principais etapas do programa.

Por: Equipe Oásis/NASA

Há décadas, a NASA e seus parceiros enviam sondas espaciais que permanecem em órbita ao redor de Marte, bem como rovers e landers que pousaram na superfície do planeta vizinho e de lá continuam mandando informações a respeito dele. O que já se conseguiu através desses meios aumentou drasticamente nosso conhecimento sobre o Planeta Vermelho. Tais dados são essenciais para a preparação da chegada a Marte dos primeiros exploradores humanos. O rover Curiosity reuniu dados de radiação que nos ajudarão a proteger os futuros astronautas, e o próximo Mars rover 2020 vai estudar a disponibilidade de recursos marcianos, incluindo água e oxigênio.

Há mais a aprender à medida que expandimos a presença da humanidade no sistema solar: Marte já foi lar de formas de vida microbiana? Nele existe vida ainda hoje? Pode ser um lar seguro para os humanos? O que o Planeta Vermelho pode nos ensinar sobre o passado, o presente e o futuro de nosso planeta?

Com base no legado robótico, a exploração humana de Marte atravessa três limiares, cada um com desafios cada vez maiores à medida que os seres humanos se movem mais distantes da Terra: Earth Reliant, Proving Ground e Earth Independent.

Reliant, a primeira fase

A exploração na fase Earth Reliant, a partir da Terra, é focalizada na pesquisa a bordo da estação espacial internacional. O laboratório de microgravidade em órbita serve como um local de ensaio para as tecnologias e os sistemas de comunicação necessários para missões humanas no espaço profundo. Os astronautas estão aprendendo o que é preciso para viver e trabalhar no espaço por longos períodos de tempo, aumentando nossa compreensão de como o corpo muda no espaço e como proteger a saúde dos astronautas.

Também estamos trabalhando com nossa equipe comercial e parceiros de carga para fornecer acesso cada vez mais fácil à órbita terrestre baixa e eventualmente estimular novas atividades econômicas, permitindo que a NASA continue usando a estação enquanto se prepara para missões que nos levarão mais além.

Proving Ground, a segunda fase

Em seguida, nos movemos para o Campo Provando (Proving), que comporta uma série de missões perto da Lua. Chamamos essa região de “espaço cislunar”, e essas missões testarão as capacidades que precisaremos desenvolver para viver e trabalhar em Marte. Os astronautas da estação espacial estão a apenas algumas horas de distância da Terra, mas o campo de prova está a dias de distância. Esse campo lunar será um trampolim natural para uma missão em Marte, já que as equipes e as tripulações deverão passar meses, provavelmente anos longe de casa.

A primeira dessas missões lançará o novo e poderoso foguete da NASA, o Space Launch System, do Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida. A missão transportará a espaçonave Orion (sem astronautas) a milhares de quilômetros da Lua durante uma missão de aproximadamente três semanas (Watch Mission Animation Video). Em seguida, os astronautas entrarão na Orion para desempenhar uma missão semelhante, viajando mais longe do que os seres humanos jamais viajaram antes. .

Também na década de 2020, enviaremos astronautas em uma missão de um ano para esse espaço profundo com o objetivo de conhecer e mapear o terreno, verificar as condições gerais de sobrevivência, e testar se já estamos prontos para Marte.

Outra etapa fundamental é a Missão de Redirecionamento de Asteroides. A NASA enviará uma espaçonave robótica para capturar um grande pedaço de rocha de um asteroide e colocá-lo em seguida em uma órbita segura ao redor da lua. Os astronautas na Orion explorarão então esse pedaço de asteroide, retornando à terra com amostras. Esta missão, que será desenvolvida em duas partes, irá testar tanto as técnicas espaciais de caminhar pelo espaço quanto a de amostragem como a Propulsão Elétrica Solar, ambas fundamentais para quando precisaremos enviar carga como parte de missões humanas em Marte.

Earth Independent, a terceira fase

Finalmente, nos tornaremos “Terra Independentes”, trabalhando com todos os dados, todas as informações, tudo que aprendemos na estação orbital e no espaço profundo , até conseguirmos enviar seres humanos para estacionarem em órbitas baixas de Marte no início dos anos 2030. A missão culminará com a descida de astronautas na superfície marciana.

Esta fase também testará as técnicas de entrada, descida e desembarque necessárias para chegarmos à superfície marciana, bem como para testarmos tudo aquilo que é necessário para a utilização e o cultivo “in-situ” de recursos necessários à sobrevivência dos nossos astronautas.

Atualmente, as missões científicas já estão na fase Independente, com o envio próximo rover a Marte previsto para 2020. Antes dos humanos, realizaremos uma missão robótica de ida e volta a Marte, e já trazendo no retorno amostras do solo marciano. Isto está previsto para o final da década de 2020.

Marte é, sem dúvida, a próxima fronteira tangível para a exploração humana, e é um objetivo realizável. Claro, os desafios para o pioneirismo em Marte são muitos e difíceis, mas sabemos que são solucionáveis. Estamos bem em nosso caminho para chegar lá, aterrissar lá, e morar lá.

Video: SpaceX Interplanetary Transport System Part Two: