Um singelo poema da sabedoria sufi (corrente mística e esotérica do islamismo) encerra uma grande sabedoria: É preciso ter fé no próprio destino, até mesmo quando não conseguimos desvendar os desígnios que o teceram.
Por: Equipe Oásis
Certo dia, um jovem discípulo estava andando com seu xeique pelo jardim. Sentindo-se um tanto inseguro sobre as tarefas que Alá reservara para si, ele pedia conselhos ao xeique. Este foi até uma roseira, colheu um botão de rosa e o entregou ao rapaz, pedindo para que o abrisse sem remover nenhuma pétala.
O jovem olhou incrédulo para o xeique, tentando imaginar o que um botão de rosa teria a ver com seu desejo de conhecer a vontade de Alá para sua vida e seu ministério.
Mas, por seu grande respeito pelo xeique, ele se pôs a tentar abrir a rosa mantendo cada pétala intacta. Não demorou muito para ele perceber que era impossível fazer aquilo. Notando a incapacidade do jovem aluno para abrir o botão sem despedaçá-lo, o xeique começou a recitar o seguinte poema:
É apenas um pequeno botão de rosa,
uma flor por Alá criada;
mas não posso abrir suas pétalas
com minhas mãos desajeitadas.
O segredo de abrir as flores
não é conhecido. Assim como eu.
Alá abre esta flor tão suavemente,
e então ela morre em minhas mãos.
Se não posso abrir um botão de rosa,
esta flor por Alá criada,
como posso ter a sabedoria
para abrir a minha vida?
Por isso confio em Alá para conduzir
cada momento do meu dia.
Eu me voltarei para Alá e receberei Sua orientação
em cada passo do caminho.
A trilha que está à minha frente
apenas Alá conhece.
Confiarei n’Ele para abrir os meus momentos.
Assim como Ele abre a rosa.