Airlander. O retorno dos dirigíveis

 

A agência norte-americana que controla o tráfego aéreo concedeu autorização para a construção de uma nova geração de dirigíveis para o transporte de passageiros. Estará de volta o momento em que redescobriremos o prazer de voar sem pressa e sem ruídos, a baixas altitudes, admirando cada detalhe do panorama que se descortina logo abaixo?

 Por: Equipe Oásis

Fotos e vídeo: Hybrid Air Vehicles

 

O primeiro voo do Airlander 10, em 2017.

A maior aeronave do mundo? Em 2019 não será um avião super moderno, mas sim um… dirigível. Ele se chama Airlander 10 e, com seus 92 metros de comprimento – praticamente um campo de futebol -, poderá ostentar esse recorde.
Apelidado afetuosamente de flying bum (bunda voadora) por causa das suas formas, foi criado pela Hybrid Air Vehicles e, depois de uma série de testes – alguns bastante problemáticos – foi autorizado a decolar pela Civil Aviation Authority, a entidade norte-americana que supervisa o tráfego aéreo civil.

Transatlântico voador 

Segundo a empresa, que quer oferecer os primeiros voos comerciais já a partir de 2020, voar num desses dirigíveis permitirá aos passageiros redescobrir o prazer de um voo lento e panorâmico, com todo o conforto e o luxo de uma primeira classe cinco estrelas. O Airlander 10 poderá sobrevoar os polos, as savanas da África, os desertos e as capitais europeias em verdadeiros cruzeiros de alta quota – cujo custo ainda não foi revelado.

Cabina de passageiros no interior do Airlander 10.

Inicialmente desenvolvido para objetivos militares, esse dirigível foi pensado, inicialmente, para assegurar ao exército americano a possibilidade de conduzir operações de vigilância e patrulhamento aéreo de longa duração. Com efeito, a aeronave pode permanecer voando por mais de duas semanas, sem necessidade de aterrissar. Mas, considerado demasiado caro para o caixa do governo norte-americano, o projeto acabou sendo vendido à iniciativa privada.

Segurança quase total

Airlander 10 navega graças a dois potentes motores diesel e é enchido com hélio, um gás muito menos inflamável do que o hidrogênio utilizado pelos dirigíveis de velha geração e responsáveis por desastres memoráveis, tais como o do dirigível alemão Hindenburg.
O Airlander 10 poderá aterrissar e decolar em qualquer superfície plana de dimensões adequadas. O primeiro voo de prova aconteceu com sucesso em 2016, e durou 20 minutos. Alguns acidentes de pequeno porte aconteceram em voos sucessivos, mas suas causas já foram corrigidas. Assim, o dirigível abriu o caminho para a concessão de autorização comercial.

Vídeo: Primeiro voo do Airlander 10

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