Para Elon Musk (*), tudo que necessitamos para verificar o aquecimento global é um simples termômetro. Isso não é inteiramente correto, mas Musk entende do assunto e mostra que a questão que realmente importa não são termômetros – é a mudança climática.
Por: Dom Galeon
Estados como o Arizona estão experimentando as piores temperaturas, mas a onda de calor chegou até Nevada e Califórnia. Las Vegas, por exemplo, tem previsão de 47ºC graus para os primeiros dias do verão no hemisfério norte.
A mudança climática é real. De acordo com uma recente declaração do mega-empresário Elon Musk, tudo que precisamos é de um termômetro para confirmar isso. Pode parecer conversa fiada, mas a graça toda termina quando nos confrontamos com as informações sobre as severas mudanças climáticas contidas num artigo muito recente publicado na revista Forbes que chamou a atenção de MusK: recent article in Forbes. O artigo explica porque algumas companhias aéreas foram obrigadas cancelar certos voos em áreas do Sudoeste dos Estados Unidos por causa de novos recordes de altas temperaturas.
Em 2012, o furacão Sandy arrasou partes do litoral de Nova Jersey, na Costa Leste dos Estados Unidos
Aquecimento é provocado sobretudo pela mão do homem
Na realidade, precisamos de mais de um único termômetro – seriam necessários milhares deles, e não do tipo comum de termômetro usado para medir a febre. Termômetros comuns colocados em localidades isoladas não podem provar que os novos padrões do aquecimento global em nosso planeta são realmente provocados pela mão do homem. A razão disso é que temos de considerar sempre – e de modo global – as oscilações entre as temperaturas máximas e mínimas.
Para ser mais exato, seria necessário obter uma leitura média da temperatura da superfície terrestre usando os dados obtidos por milhares de estações meteorológicas, bem como temperaturas médias da superfície do mar a partir de observações baseadas em navios e bóias. Obteríamos então algo semelhante ao que a NASA e a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) apresentaram neste vídeo no início deste ano, que incluiu também medidas de temperatura obtidas por estações de pesquisa antárticas. E, claro, não importa quantos termômetros tenhamos, e em quantos lugares podemos configurá-los, ainda precisaremos de cientistas para monitorar o aquecimento global e seus efeitos adversos.
Mensagem clara
O ponto de Musk é claro, porém: as mudanças climáticas são reais: As mudanças climáticas levam a condições climáticas extremas e ao aumento das temperaturas médias globais. Veja abaixo a Linha do Tempo prevista para a evolução do aquecimento global. Clique no link abaixo da foto: Click to view full infographic.
![Our Warming World: The Future of Climate Change [INFOGRAPHIC]](https://i0.wp.com/futurism.com/wp-content/uploads/2016/09/climate-change-timeline_home_v1-900x600.jpg?resize=625%2C417&ssl=1)
Existem outros indicadores que mostram claramente os efeitos da mudança climática – do derretimento contínuo de geleiras e glaciares polares, a mudanças que afetam até mesmo a ecologia mundial. Há até uma cidade nos Estados Unidos que agora está em perigo de afundar completamente no Golfo do México devido ao aumento do nível do mar. Inúmeros estudos mostraram o vínculo entre tais eventos e as mudanças climáticas, de modo que a divulgação desses fatos e dos dados a eles correspondentes não pode ser considerada uma ação alarmista. Com esses fatos em mente, os atuais esforços para combater a mudança climática tornam-se especialmente cruciais. Felizmente, já existem muitas providências implementadas e outras que ainda estão em processo de desenvolvimento, incluindo vários projetos de energia renovável, e até mesmo um plano para re-congelar o Artico.