Com a ascensão de Donald Trump ao poder, um fenômeno latente veio à tona: os extremistas, antes disfarçados, sentiram-se encorajados a assumir suas verdadeiras faces. O que antes se limitava a fóruns obscuros da internet ou reuniões clandestinas, agora encontra eco nas ruas, nas redes sociais e até nas esferas institucionais.
A retórica de Trump não apenas validou discursos antes considerados inaceitáveis, como também deu novo fôlego a um movimento que já existia, mas que precisava apenas de um sinal verde para sair da toca. O politicamente incorreto virou bandeira, e o ódio, disfarçado de opinião, tornou-se ferramenta de mobilização.
Neste cenário, a ilusão de um conservador, onde valores tradicionais poderiam ser resgatados sem as amarras do globalismo e do progressismo, revelou-se um convite à intolerância. A era Trump não criou os fascistas, mas deu a eles a confiança para se revelarem sem medo.