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Bioluminescência. Os incríveis seres luminosos da Mata Atlântica

 

Cogumelos bioluminescentes, plantas ornamentais, uma imensidão de anfíbios, tudo isso e muito mais pode ser observado a partir da infraestrutura do IPBio Instituto de Pesquisas da Biodiversidade. Há pouco, seus pesquisadores de campo descobriram o primeiro organismo terrestre com bioluminescência azul na fase larval: um díptero (mosquito).

Por: Luis Pellegrini

Pesquisadores do IPBio – Instituto de Pesquisas da Biodiversidade (https://ipbio.org.br/) participaram da produção de um artigo publicado no jornal científico Scientific Reports sobre a descoberta do primeiro organismo terrestre com bioluminescência azul para toda a América Latina. Trata-se de um díptero (mosquito), que emite luz azul na fase larval. O inseto foi encontrado pela primeira vez na Reserva Betary, uma unidade do instituto, em Iporanga, sul do estado de São Paulo. Quem quiser mais informações pode visitar o site: http://ipbio.org.br/

As descobertas do IPBio apenas confirmam o quanto ainda existe para ser descoberto nas nossas matas e florestas, e justificam todos os esforços que são e serão desenvolvidos para preservar nosso meio natural da sanha destruidora promovida pela ganância humana.

Mata Atlântica e seus segredos

Apenas 7% da área original da Mata Atlântica ainda permanece de pé. Mesmo assim, a riqueza da sua biodiversidade impressiona: seus remanescentes contam com mais espécies vegetais do que toda a América do Norte. Uma amostra dessa fauna e flora exuberante é observada de perto no Instituto de Pesquisas da Biodiversidade (IPBio). O Instituto, com sede em São Paulo, tem sua primeira filial localizada na Reserva Betary, uma área preservada de 60 hectares, em Iporanga (SP), há 330 km de São Paulo e 190 km de Curitiba. O local é destinado à pesquisa e ao ensino sobre a Mata Atlântica e seus segredos, além de comportar a atividade turística.

Casa sede da Reserva Betary, no Vale do Ribeira, sul de São Paulo

Cogumelos bioluminescentes, plantas ornamentais, uma imensidão de anfíbios, tudo isso e muito mais pode ser observado a partir da infraestrutura do IPBio, que conta com sala escura, estufa, lago com cinco janelas submersas, aquários, laboratório com biotério (espaço para criação de animais), sala de aula, área de convivência, casa de hóspedes e restaurante. Algumas trilhas permitem usufruir da natureza no perímetro da reserva. O espaço oferece, mediante agendamento, visitas noturnas que permitem a observação da intensa atividade da fauna durante a noite.

Uma estufa que pode ser visitada na Reserva Betary

A Reserva Betary situa-se na região com a maior superfície contínua de Mata Atlântica do país. A bacia do rio Ribeira de Iguape, também conhecida como Vale do Ribeira, fica ao sul do estado de São Paulo, na divisa com o Paraná. Lá, os principais maciços florestais nativos estão protegidos por grandes unidades de conservação, como o Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira (Petar), conhecido por suas enormes cavernas, o Parque Estadual de Jacupiranga, entre outros. A reserva e o IPBio foram idealizados e financiados por Sérgio Pompéia, engenheiro agrônomo e presidente do conselho da CPEA – Consultoria, Planejamento e Estudos Ambientais.

A região da Reserva Betary é coberta pela Mata Atlântica e vários rios e riachos.

Programe um passeio/visita à Reserva Betary, e leve seus filhos. As crianças nunca irão esquecer essa experiência.

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