Rogéria se foi. Ontem, segunda-feira 4 de setembro, aos 74 anos. Eu a entrevistei no Rio para o jornal Última Hora, há muuuuitas décadas. Ela foi à redação como Astolfo Barroso Pinto. Vestida de homem, cabelo preso, parecia um rapaz como qualquer outro, a não ser pelo pó de arroz e uma ou outra desmunhecada. Muito inteligente e sagaz, divertida, dona de uma ironia fina e nada agressiva. Matava a gente de rir quando contava as cantadas que recebia de… mulheres. Rogéria marcou época, virou mito. Todos gostavam dela. Travesti quase inocente, foi, de verdade, como ela mesma gostava de se autodefinir, a “bicha da família brasileira”. Através da telinha da TV podia entrar em qualquer lar sem provocar escândalo. Rogéria era “de casa”. Vai fazer falta. Mas certamente estará em paz e feliz na aruanda dos artistas populares. O vídeo abaixo, um dueto de Rogéria com Lana Bittencourt, é pura luz e emoção. Confira. E curta, comente, compartilhe.
Vídeo: Rogéria arrasa em dueto com Lana Bittencourt